Nesta quarta-feira, dia 27 de abril, a Fundação Jaime Câmara, através do Projeto "Concertos em Série" orgulhosamente apresenta o Coro de Câmara da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG num repertório de música sacra nacional e internacional em comemoração a Semana Santa, sob regencia de Angelo Dias e Maria Caroline Porto como co-repetidora.
Um espetáculo grandioso que vale a pena presenciar.
ENTRADA FRANCA
Dia 27 de abril de 2011
às 20:00 horas
Local: Anfiteatro da Organização Jaime Câmara
(Avenida Thomás Edson, Qd. 07, nº 400, Setor Serrinha, Goiânia-GO)
Maiores informações: 55 (062) 3250-1444
"O programa a ser apresentado no dia 27 de Abril será composto de peças sacras de diversos períodos e compositores da história da música. Entre os estrangeiros estão os austríacos Joseph Haydn (1732-1809), com o vigoroso Moteto Insanae Et Vanae Curae, e Anton Bruckner (1824-1896), com sua belíssima Ave Maria, a sete vozes a Cappella, uma das mais celebradas do repertório coral. O francês Charles Gounod (1818-1893) faz-se presente com um Pater Noster para coro e órgão, que delicadamente coloca em música as palavras do “Pai Nosso”.
A parte brasileira será dividida entre um Veni Sancte Spiritus, para coro e órgão, de autoria do compositor André da Silva Gomes (1752-1844), e uma coletânea de obras goianas para a Semana Santa.
Uma das mais tradicionais de todo o país, a celebração para-litúrgica das três últimas semanas da Quaresma (dos Passos, das Dores e a Semana Santa propriamente dita), na Cidade de Goiás, remonta ao século XVIII e mantém-se viva na fé a na tradição cultural do Estado.
O Coro de Câmara da EMAC/UFG executará alguns trechos dessas celebrações, dois dos Motetos dos Passos (VII – Domine Jesu e VIII – Popule Meus), atribuídos ao vilaboense Basilio Martins Braga Serradourada (1809-1874) e o pungente “Solo das Dores” (Salve Virgem Dolorosa), de autoria de seu filho, o Cônego José Iria Xavier Serradourada (1831-1898).
Completando a parte goiana do programa, o Coro fará a primeira audição moderna de uma Missa de Requiem a 4 vozes e de um Memento, este alternado com cantochão, ambos usados em cerimônias fúnebres no final do século XIX. Este material da Missa e do Memento foi transcrito de cópias elaboradas por Joaquim Sant’Anna Marques, músico bastante ativo e membro de numerosa família de músicos e artistas, entre eles o artista plástico Otto Marques. Em 1890, Joaquim Marques preparou para os músicos da banda do Batalhão de Polícia de Vila Boa a partitura de um Credo de São Sebastião, para coro masculino a três vozes e acompanhamento instrumental. O levantamento deste material faz parte de um trabalho de recuperação dos acervos da Cidade de Goiás empreendido pelos pesquisadores Fernando Cupertino, Angelo Dias e Consuelo Quireze.
O Coro de Câmara executa, neste concerto, a primeira audição moderna do Credo de São Sebastião, presentemente atribuído ao próprio Joaquim Sant’Anna Marques, com transcrição e reconstrução da partitura elaborada por Angelo Dias."